sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

De onde vem o blog

O início talvez pareça meio simples demais - é o problema de qualquer tarefa que se inicia sem prática anterior. Mas a idéia é antiga, estava adormecida e veio à tona há dez dias, em plena BR-116, quando comecei a contar ao Guile pequenos episódios sobre a família, em especial os que ocorreram na década de 50. Sim, memória é sempre seletiva, embora seja impossível saber porque determinados fatos ficam tão presentes e outros se apagaram definitivamente, ou porque determinadas pessoas estão absolutamente presentes em nossa memória (mesmo que tenham morrido há muito tempo) e outras não passaram de meros figurantes que praticamente sumiram, deixando vestígios esparsos: uma frase, um detalhe no traje, a posição ocupada em uma determinada cena.
Vou recuperar, aos poucos, tudo o que for recuperável, ou seja, pretendo registrar o que a memória guardou até aqui. Pessoas, momentos, diálogos, trajes, reações, enfim, fragmentos das rotinas do cotidiano. Além disso: viagens, festas, cerimônias, momentos únicos, ápices ansiosamente esperados ou imprevistos que cintilaram de repente. Tudo isso, do ponto de vista externo, tem correspondências internas, afetivas, emocionais, que são um caso à parte, a ser - também - devidamente registradas.

Um comentário:

  1. É bom ter um lugar para registrar tudo isso. Ainda mais se for assim, bem feito.
    Belo princípio, sra.

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